domingo, 10 de abril de 2011

O Diário de Michael, Neymar, e outros...

   O diário de Anne Frank conta o drama vivido pela jovem judia na Segunda Guerra Mundial, um relato impressionante das atrocidades e horrores cometidos pela humanidade sob a visão da vitima Anne, como ocorre à legitimação de um preconceito? Parando pra pensar o porquê de tanta hostilidade, única conclusão a que cheguei, é que não existe motivo, simplesmente Adolf Hitler se intitulou a‘’raça superior’’ (pura), e a partir daí se achou no direito de perseguir os ‘’subumanos’'. 
 

 Claro, agora me considero superior e tenho direito a oprimir tudo que não me é semelhante, julgo, e condeno afinal sou 'melhor'. Assim que pensa um preconceituoso? Sinceramente não sei, mas foi o que passou em minha cabeça nessa semana com tantos casos de preconceito no mundo esportivo. 

 

 A legitimação de um preconceito foi o grande feito de Hitler no mundo, e ele aconteceu com o distanciamento, assim o outro é um adversário de tal modo que nem se pergunta o motivo do incômodo, muito menos se acha errado, e mesmo que você não se assuma um intolerante, com as adversidades, e situações respaldamo-nos nos diferenciais inferiorizando o diferente; O mundo está avançando aos poucos, mas precisa de passos mais longos para mudar. Já  existem pessoas que lutam contra as regras impostas, a torcida  e os jogadores do Vôlei Futuro abriram mão de uma ideologia machista e fizeram um espetáculo digno de aplausos, a luta contra a homofobia era o tema, em resposta a baderneiros que chamaram de 'bicha' o jogador Michael, nem todos ali ignoram  a  homossexualidade e se distanciavam neste conceito, mas Michael era o adversário e poderia se hostilizado. No futebol são corriqueiras ofensas racistas, principalmente jogadores que vão para fora, uma banana foi atirada na direção de Neymar, em amistoso da seleção, e na mesma semana Marcelo lateral-esquerdo foi chamado de macaco em um clássico em Madri. Porém se eles fizessem parte, não sendo o vilão e sim o parceiro, seria assim?  

 

  Na luta a favor da igualdade, Loco Abreu protagonizou campanha "Futebol é raça, todas elas". Uma bela iniciativa a ser seguida e enraizada, antes que tenhamos de escrever novos diários de sentimentos produzidos por uma moral dúbia.


Joseane Ferreira

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