terça-feira, 5 de abril de 2011

Talento emocional

   O que sobra em talento futebolístico no Brasil falta e muito no setor emocional. Jogadores novos carregam a responsabilidade ao vestir o peso de uma ‘grande camisa’, e os consagrados são impostos a responsabilidade de ‘carregar o time’.A cobrança gerada em cima desses jogadores, que não são preparados emocionalmente, gera consequências.
  Novos talentos são colocados a prova, de uma torcida, da mídia, as tentações do dinheiro, e a fama repentina. Não conseguindo lidar com as expectativas projetadas eles acabam sucumbindo aos impulsos,  gerando críticas a esse emocional  já conturbado.  Enquanto aos jogadores já consagrados a pressão é a mesma ou ainda maior, com o diferencial que todos os atos são projetados com maior intensidade.
Esse destempero emocional frente às criticas; declarações e atitudes na mídia:
Me pergunto o porque deste jornalista me atacar de forma constante e gratuita em sua coluna diária”, Fred em resposta a critica de Renato Mauricio Prado.
“ Poucas vezes vi alguém tão mal educado desportivamente... Estamos criando um monstro'', Simões em relação à Neymar.
“ Inventam um monte de coisas de mim. Outro dia, eu estava no shopping Fashion Mall, no Rio de Janeiro, com a minha família. Saiu alguma foto no jornal? Não. Se eu tivesse com um copo de cerveja, sairia. O nome Imperador incomoda muita gente...", Adriano na apresentação no Corinthians.
 As vaias são ruins porque tiram a confiança do jogador, até mesmo aquele que está no banco. Não acrescenta em nada. O que ajuda, sim, é o apoio”, Somália em declaração.
“Nas últimas vezes em que conversei com o Jobson, achei que ele não estava sendo correto. Não gosto de mentirosos. Falei: "Filho, a partir de hoje eu não sou mais seu pai". Mas não era verdade, eu ia voltar a dar mais oportunidades a ele. Se eu fosse treinador do Botafogo, hoje, com o Jobson querendo voltar, eu daria minha mão a ele. Daria um abraço, um beijo e diria: "Filho...". Tem coisa que a gente não precisa falar mais nada”, Joel em relação á Jobson.
  Julgar o caráter de uma pessoa pressionada que tem de aprender a lidar repentinamente com um alto nível de estresse não é o mais correto, amparar seus jogadores é obrigação dos clubes , treinadores,e familiares.

   A inteligência emocional pode ser desenvolvida, evitando essas situações em que grandes talentos são desperdiçados. 

Joseane Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário